Jornada de migração para o Azure parte 1

Fala pessoal, tudo bem com vocês?

Esse é o primeiro artigo da série que vou fazer nesse blog sobre Jornada de Migração para Nuvem, nesses artigos vou explicar e mostrar de forma prática seus primeiros passos para migrar seu workload para a nuvem.

Já escrevi um artigo explicando as diferenças básicas nos modelos de contratação de Nuvem (IaaS, PaaS e SaaS) fazendo uma analogia a um assar uma pizza! Esse artigo pode ser conferido clicando no link abaixo:

Depois de entendido os modelos de contratação, escrevi outro artigo mostrando os conceitos de migração para a Nuvem, esses conceitos são: Lifft and Shift, Improve and Move e Rip and Replace, que resumidamente mostra como você pode iniciar a jornada, se é “clonando sua estrutura local atual”, “modernizando em alguns aspectos” e “criando uma nova estrutura nativa em nuvem”. Esse artigo pode ser conferido no link abaixo:

Entendendo os conceitos e processos acima, nossa jornada de migração para a nuvem vai começar com Lift and Shift focado na migração dos servidores (Infraestrutura como Serviço – IaaS). Antes de iniciarmos qualquer migração, vamos entender algumas erramentas, cenários e processos utilizados para migrar sua infraesturtura para a Nuvem Microsoft Azure.

CENÁRIOS

Para migração de infraestrutura, nos deparamos com alguns cenários de ambiente:

Migração ambiente local para nuvem – on premise:

  • Migração de servidores Físicos;
  • Migração de servidores virtuais do Hype-v;
  • Migração de servidores virtuais do Vmware;
  • Migração de servidores virtuais outros hypervisors (Proxmox, KVM, Xen Server etc)

Migração nuvem publica

  • Amazon AWS;
  • Google – GCP;
  • Alibaba Cloud;
  • Outros;

Migração nuvem privada, colocation, VPS:

  • Locaweb;
  • Tivit;
  • UOL Host;
  • Mandic;
  • Equinix e Outros;

Para cada cenário é utilizada uma estratégia diferente, em alguns utilizamos ferramentas de migração do Azure, outros precisamos fazer um processo manual e customizado, vamos aprender mais conforme os exemplos forem acontecendo, mas em resumo, virtualizadores com compatibilidade com Azure (VMware Esxi e Hyper-v) o recomendável é utilizar as ferramentas, nos outros casos vamos tratar como servidor físico e só alguns cenários será utilizada a ferramenta de migração.

PROCESSO MANUAL

O processo manual de migração consiste na preparação do ambiente sem a utilização das ferramentas de migração, veja alguns exemplos:

Servidores Físicos = Instalação de servidores sem o processo de virtualização (sim ainda existem) nesse tipo de cenário temos que virtualizar o servidor de alguma maneira, seja criando o disco virtual e migrando manualmente o servidor ou virtualizar o ambiente e instalar a ferramenta de migração. Então temos três métodos:

                1 – Virtualizar o ambiente e instalar a ferramenta de migração (Azure Migrate)

                2 – Instalar o Process Server que vai tratar a máquina como se fosse física, nesse cenário você instala um agente que vai virtualizar a máquina, enviar para um servidor intermediário que vai processar a informação e enviar para o Azure

                3 – Exportar o disco para um disco virtual e fazer o processo de envio para o Azure manualmente

Servidores Virtuais = Instalação de servidores que utilizam virtualizadores que não são compatíveis com as ferramentas de migração, os virtualizadores como Proxmox, KVM e Xen Server não possui compatibilidade para fazer uma migração automática, nesse caso temos duas opções:

                1 – Instalar o Process Server que vai tratar a máquina como se fosse física, nesse cenário você instala um agente que vai virtualizar a máquina, enviar para um servidor intermediário que vai processar a informação e enviar para o Azure

                2 – Converter o disco virtual para um padrão compatível com Azure e fazer o processo de envio manualmente

FERRAMENTAS DE MIGRAÇÃO

A Microsoft disponibiliza algumas ferramentas de migração e de proteção de suas máquinas locais para o Azure. Essas ferramentas automatizam o processo, faz a descoberta das vms locais, faz a avaliação e prepara a máquina adequada compatível com o ambiente local e muitos outros recursos. As ferramentas são o Azure Migrate e o Azure Site Recovery

O QUE É O AZURE MIGRATE?
O Azure Migrate é um painel que centraliza todo seu projeto de migração em um único ponto. Ele te ajuda a descobrir, mensurar e migrar aplicativos web, servidores e Banco de dados, utilizando várias ferramentas Microsoft e de outros fornecedores independentes.
Apesar do Azure Migrate utilizar o serviço Azure Site Recovery (DRaaS) para migrar seus servidores para o Azure, o custo entre eles é diferente.

Azure Migrate: Gratuito pelos primeiros 180 dias* em todos os computadores. Após 180 dias, será aplicada a tarifa por instância replicada.

Azure Site Recovery: Gratuito pelos primeiros 31 dias* em todos os computadores. Após 31 dias, será aplicada a tarifa por instância replicada.

O QUE É O AZURE SITE RECOVERY (ASR)?
O Azure Site Recovery, conhecido como ASR, é uma ferramenta para proteção de suas máquinas virtuais para o Azure, apesar de também ser utilizada para migração a principal função dela é proteger seu ambiente de um desastre, para quem utilizar o Hyper-v réplica o funcionamento é basicamente o mesmo, para quem não conhece, veja como funciona:

Proteção de Instancia = Você instala o recurso no seu Hyper-v ou VMware Esxi e protege a as máquinas virtuais que você quiser, essa proteção vai mandar uma cópia de sua máquina virtual para o Azure e mantê-la desligada, essa cópia pode ser de 30 segundos e 5 minutos.

Recuperação de Desastres = Depois da sua instancia da máquina virtual protegida você pode fazer o acionamento, por exemplo: Sua máquina física onde está instalada as vms queimou a motherboard e você precisa fazer a reparação, para os usuários não ficarem sem acesso ao ambiente você aciona suas máquinas no Azure (Paga somente o tempo que ela ficarem ligadas) e quando terminar a reparação da sua motherboard e sua máquina voltar a operar, você replica as máquinas de volta para o ambiente local.

O que geralmente acontece em clientes que só utilizam a proteção e não querem migrar para nuvem é que quando utilizam o plano de contingência em um desastre, acabam que preferem continuar para nuvem e não voltar mais para o ambiente on-premise.

Finalizando, essa é a introdução da sua jornada na nuvem, nos próximos artigos vou mostrar exemplos passo-a-passo de como iniciar essa jornada, basta clicar no link abaixo:

Nos vemos nos próximos posts
Até mais 😉

Sobre Jackson Martins 48 Artigos
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