Os robôs multifuncionais representam um grande avanço na automação. Enquanto os robôs tradicionais, geralmente são programados para realizar apenas uma tarefa específica os robôs poli funcionais, são projetados para enfrentar desafios atuais, reduzir custos e aumentar a produtividade nas empresas.
Atualidade
Devido à COVID, muitos robôs foram lançados para lidar com a desinfecção para a mitigação do vírus. A maior parte deles, foi desenvolvida somente para uma função, como os robôs aspiradores de pó. Pensando nessa situação, as empresas começaram a pensar em aumentaram as funções do robô, para incluir tanto a lavagem de pisos quanto a desinfecção de superfícies.
Em setembro de 2021, a Avidbots criou um robô chamado Neo, focado em desinfecção e lavagem de pisos, facilitando assim a limpeza em meio a uma pandemia. Com a inclusão de um novo hardware e algumas atualizações em seu software, o Neo passou a executar múltiplas tarefas.
Desafios
Mas fabricar um robô multifuncional envolve uma série de desafios, um tanto complexos que precisam ser superados para garantir que ele consiga realizar suas tarefas, ser seguro e principalmente confiável.
- Design Complexo: Criar um robô que realize várias tarefas, exige um design que combine diferentes partes e sistemas funcionando juntos, como braços, sensores e câmeras.
- Tecnologias Integradas: Um robô multifuncional precisa de diversas tecnologias, como IA, comunicação via Wi-Fi, Bluetooth, e programação para controle (Python, C++), para que consiga funcionar corretamente. Tanto o software e o Hardware, precisam estar alinhados para uma boa funcionalidade.
- Custo Alto: O desenvolvimento desses robôs é caro, desde a pesquisa até a produção. Os materiais e softwares necessários têm um custo elevado, pois precisam ser de uma qualidade maior.
- Consumo de Energia: Como ele pode realizar diversas funções, escolher baterias de longa duração e com carregamento rápido é essencial. Pesquisas indicam que algumas empresas estão estudando, a utilização de energia solar, para tentarem reduzir um pouco os custos e ao mesmo tempo, proporcionar uma boa experiência.
- Adaptação ao Ambiente: O robô deve estar preparado para enfrentar diferentes situações, podem surgir obstáculos e variações no piso. Isso exige que sejam utilizados sensores avançados, que possam identificar o ambiente e atualizar a programação conforme necessário, ou seja o robô precisa se moldar, conforme o ambiente em que está
- Segurança com Pessoas: Um robô que interage com pessoas deve ser seguro, tanto para ele mesmo e tanto para as pessoas a sua volta. Garantir que ele evite ações que possam causar acidentes é de suma importância.
- Manutenção e Atualizações: Criar uma rotina de atualizações constantes e manutenção, é essencial para manter a funcionalidade e o bom estado do software e hardware.
- Produção em Grande Escala: Configurar um robô para realizar múltiplas tarefas, adaptar-se ao ambiente em que estará, utilizar sensores específicos e produzi-los em grande quantidade é um desafio que demanda tempo e dinheiro. Ter uma equipe grande para a produção é importante, mas manter a qualidade é mais importante ainda.
Tecnologia avançada
Atualmente, os robôs multifuncionais estão passando por avanços significativos e se destacando em diversas aplicações. O uso crescente da inteligência artificial e aprendizado automático em robôs está permitindo que eles se tornem mais independentes e adaptáveis ao ambiente.
Isso inclui robôs que aprendem novas tarefas observando humanos, como os desenvolvidos pelo Toyota Research Institute, a criação combina demonstração e modelos de IA para acelerar o aprendizado do robô.
Empresas como a Agility Robotics estão testando robôs humanoides, como o Digit, que consegue caminhar e subir escadas, mostrando que pode ser útil em diversos ramos, como por exemplo, ser utilizado para auxiliar uma senhora de idade, que já não tem muita força para realizar atividades do dia a dia e pode ser utilizado em industrias.
Outro exemplo é o robô GR-1, da Fourier Intelligence: com 1,64 metro de altura e 55 quilos, ele foi desenvolvido para auxiliar na assistência de idosos, atendendo à falta de mão de obra nesse setor na China.
O robô CL1, desenvolvido pela Limex Dynamics, mostra como robôs podem operar em ambientes complexos sem a necessidade de uma configuração an
Segundo o Gartner, até 2030, 80% das pessoas terão interações diárias com robôs inteligentes.
Com o aumento da eficiência das tecnologias, a capacidade de criação de novos robôs, tornam o mundo cada vez mais automatizado.
Será que em breve, todos nós teremos acesso a essa tecnologia que pode ajudar nas tarefas, desde a mais simples a mais complexa?
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