E continuando nossa trilha de metodologias ágeis, hoje vou falar sobre uma das práticas que creio que seja uma das mais interessantes nesse estudo, pela ajuda e facilidade tanto para implantação dentro de um ambiente corporativo, como para planejamento de planos pessoais, desde um curso de graduação, até a compra de uma casa por exemplo.
A primeira vez que li sobre a técnica SMART, foi estudando para a certificação de ITIL 4, onde existia uma menção e um exemplo prático de como aplicá-la. Por falta de conhecimento meu, acreditei que ela era algo exclusivo da ITIL, não um processo, mas algo que compunha essa framework, tanto que na prova de certificação respondi uma pergunta sobre ela.
Algum tempo depois li alguns artigos que mencionavam a técnica, pesquisei um pouco mais a fundo e descobri que ela não é algo exclusivo da ITIL, e sim mencionada lá pela agilidade e sensatez na aplicações das metas.
A técnica SMART tem seus objetivos muito bem definidos, ajuda a guiar qualquer líder de projeto em um senso de direção, motiva a equipe ou seus envolvidos, tem foco extremamente claro e determina qual a importância para que seja realizado tal tarefa. Ela resume bem a dor de algumas empresas, “Nada de vender o que não podemos entregar”, e para uso pessoal uma outra dor pode ser usada de exemplo “Defina metas que você possa alcançar”.
Mas antes de implantar a técnica, você precisa saber exatamente o que significa cada letra.
S: Specific (Específico): Defina sua meta, mas de maneira clara! O que precisa ser feito e como será feito.
M:Measurable (Mensurável): Deve ter os números exatos. Aqui conseguimos medir os esforços e custos.
A: Achievable (Alcançável): Deve ser algo que seja possível fazer. Não venda para seu cliente um projeto de migração de 20 servidores em 1 mês, se você não tem braço para isso.
R: Realistic (Realista):Algo que está no alcance da empresa.
T: Time Based (Tempo): Crie uma linha do tempo. Quando que o projeto inicia, e quando que ele deve terminar. Quanto dele será feito por dia.
Como aplicar a técnica SMART na prática:
Vamos supor que você é o gerente de TI dentro da sua empresa, e tem todo seu ambiente local e seu desejo hoje seria subir tudo para a nuvem. Porém você não precisa apenas desejar subir tudo para a nuvem, precisa apresentar a sua diretoria a ideia. Mas como saber se ela é viável? Comece desenhando e preenchendo os objetivos dentro da técnica SMART, você vai ter uma visão clara sobre sua ideia:
EX: S: (Específico) comece respondendo as seguintes perguntas
O que é? Migrar todos os servidores para a nuvem.
Por quê? (Diga por que essa seria a melhor saída) Com a migração do ambiente para a nuvem, conseguimos reduzir custos e manutenção com hardwares físicos.
Quem? (Diga quem vai administrar ou executar a meta) A empresa teria que contratar uma consultoria especializada em migração de ambiente para a nuvem.
Onde?(Onde vai ficar seu ambiente?) Aqui você pode fazer um breve relato sobre qual nuvem vai implantar
Como? (Coloque os requisitos e todas as necessidades para você alcançar seu objetivo. Terá que implantar novos links? qual o tempo de migração?)
M: Mensurável
Aqui é onde você coloca os indicadores quantificáveis: Quanto custa a migração do servidor, qual o valor mensal do custo.
A:Alcançavel
Aqui especifique se a meta é possível: Se surgirem dificuldades na migração, o que posso fazer para contornar e concluir a migração? Estude e aponte possíveis impedimentos.
R:Realista
Realmente vale a pena? É o momento que a empresa consegue investir nesse projeto? Quanto tenho de orçamento no budget?
T:Temporal
Aqui você fala de prazos. Quando começa a migração? Quanto tempo dura?
Esse exemplo é apenas um para utilização da técnica SMART, entre os milhares que você pode imaginar. A ideia dessa técnica não é fazer você criar rascunhos e desistir de uma implantação, mas sim verificar se aquilo é realmente útil para a aplicação dentro da sua organização, e o melhor, como vender sua ideia.
Espero que tenham gostado, e nos vemos em breve no proximo item da trilha ♥
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