Agile Trends: o maior evento de agilidade do Brasil

Quando a Vanessa Genaro, nossa consultora de agilidade, indicou o Agile Trends, confesso que minha primeira reação foi aquela clássica: “Mais um evento que promete muito e entrega pouco” Mas como a Vanessa costuma acertar, decidimos embarcar nessa — eu, Karine Tedesco (nossa Product Owner) e Bianca Dezorzi (Head de Produtos Digitais). E logo de cara, uma surpresa boa: o evento é organizado pela própria comunidade ágil. Não tem aquela vibe de evento patrocinado com fala ensaiada. Por lá, você escolhe as palestras que quer ver, monta seu próprio roteiro e participa do que realmente faz sentido pra você.

Antes mesmo de pisar no centro de convenções, eu já estava pesquisando tudo o que podia sobre o Agile Trends. Queria entender se era só mais um evento pra marcar presença ou se realmente tinha substância. E olha… me surpreendi. O Agile Trends não é promovido por nenhuma empresa de consultoria ou escola de cursos. Pelo contrário — eles fazem questão de deixar claro que não vendem treinamentos nem serviços. O foco aqui é um só: fazer os melhores eventos de agilidade do Brasil. Sem conflito de interesses. Sem segundas intenções.

E essa proposta é levada a sério. Desde 2013, o Agile Trends já organizou mais de 50 edições presenciais em várias regiões do Brasil, e mais de 100 edições online desde 2020. É uma construção feita por quem vive o dia a dia da agilidade nas empresas — com participação ativa da comunidade. Isso significa que qualquer pessoa pode submeter uma palestra, ajudar como voluntário, propor discussões. É um evento construído a muitas mãos. E talvez por isso ele funcione tão bem: porque fala direto com quem tá no campo de batalha.

Posteriormente, descobri que mesmo a BNP poderia submeter propostas de palestras à comunidade e os organizadores e sim, podemos ser convidados a palestrar em eventos no futuro. 😍

Estrutura, Organização e Proposta

A proposta do Agile Trends é simples, mas ousada: criar um espaço onde empresas e profissionais de tecnologia possam trocar experiências reais sobre agilidade — sem floreio, sem buzzword vazia, e principalmente, sem o jeitinho “palestra motivacional” que todo mundo já conhece e evita. Quem organiza tudo isso é um grupo pequeno, mas muito engajado. O objetivo é resolver um problema que muita gente já sentiu na pele: a dificuldade de encontrar eventos com conteúdo prático, aplicável e que não tentem empurrar uma metodologia milagrosa ou uma consultoria embutida.

A estrutura do evento é montada pra valorizar a autonomia de quem participa. Você não fica preso a um cronograma fechado — escolhe o que faz mais sentido pra você. São vários formatos de conteúdo rolando ao mesmo tempo: as Trend Talks, por exemplo, são apresentações rápidas e objetivas seguidas de debate com o público. Já nas Keynotes, os convidados compartilham visões mais amplas sobre o futuro da agilidade, tecnologia e trabalho.

Este post é o primeiro de uma série onde vou contar um pouco da minha experiência no Agile Trends 2025. Nos próximos textos, vou compartilhar os aprendizados que tive nas palestras, os temas que mais me impactaram e o que acho que vale levar pra vida (e pro trabalho). Mas antes de tudo, achei importante explicar de onde vem essa iniciativa — porque entender a proposta do evento muda completamente a forma como a gente se envolve com ele.

Sobre Filipe Borges 12 Artigos
Coordenador do time de desenvolvimento na BNP Soluções em TI. Ex-treinador de overwatch. Viciado em resolução de problemas. Sommelier de café não-oficial e pai do Heitor

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